Esta imagem icônica de Ankenaton (esquerda) e Nefertiti (direita) em um momento de descontração com as filhas enquanto são abençoados pelo o sol é considerada como uma das poucas cenas de amor familiar entre membros da alta realeza que chegou até a atualidade.
A garota que Akhenaton tem nos braços era Meritaton, a mais velha das princesas e que se esperava chegar ao trono, no entanto, após, ao que parece, alguns poucos anos de reinado ela sai de cena e a sua terceira irmã cujo nome era Ankhesenpaaton (representada na imagem encostada no ombro esquerdo de Nefertiti) torna-se então a rainha e muda seu nome para Ankhesenamon.
Ankhesenpaaton só ganhou o trono devido ao falecimento de Meketaton (representada na imagem sentada no colo de Nefertiti), a segunda na linha de sucessão.
Aton não é tema central da cena, pelo contrário, ele faz parte do todo. Seus raios representam mãos que tocam a família enquanto que as extremidades que chegam até a face do casal terminam com o símbolo Ankh, hieróglifo para a vida.
Outrora de Amarna – atual cidade onde está o sítio que compreende os restos da antiga capital Akhetaton (“Horizonte de Aton”) -, hoje esta parede feita de calcário e imagens em alto-relevo está disponível para visitação no Museu Egípcio de Berlim.