O Projeto Neferhotep, que anteriormente era conduzido por uma missão argentina, agora está sob a responsabilidade do Museu Nacional, que assumiu sua concessão em 2025. Com isso, o Brasil passa a contar com mais uma missão arqueológica atuando no Egito.
A pesquisa acontece na Necrópole Tebana, um local de grande importância histórica onde nobres do Antigo Egito foram sepultados. Inicialmente, o projeto estava sob a coordenação da professora Violeta Pereyra, da Universidade de Buenos Aires. No entanto, com sua recente aposentadoria, a liderança passou para o pesquisador Pedro Luiz Von Seehausen.

O foco inicial do trabalho era a tumba de Neferhotep, um alto sacerdote egípcio. Após 25 anos de escavações e restauração, as pesquisas nesse local foram finalizadas, e a tumba agora está aberta para visitação. No entanto, isso não significa o fim dos estudos na região. Pelo contrário: o entorno da tumba ainda reserva descobertas promissoras.


Nos arredores da tumba de Neferhotep, há pelo menos outras seis tumbas aguardando investigação. Acredita-se que elas possam pertencer a sacerdotes que, de alguma forma, estavam ligados a Neferhotep. Em entrevista à revista Veja, Pedro Luiz comentou que essas tumbas pertencem a sacerdotes da classe “wab”, um grupo com funções específicas no sacerdócio egípcio.
Infelizmente, todas essas tumbas foram saqueadas ao longo dos séculos, e algumas ainda sofreram incêndios. No entanto, isso não significa que não haja mais nada a ser analisado. As escavações nos escombros podem revelar vestígios importantes, e o estudo das paredes ainda pode trazer novas informações sobre esses sacerdotes e seu papel na sociedade egípcia.
Agora, resta acompanhar as próximas descobertas dessa nova fase do Projeto Neferhotep e o impacto que essa missão brasileira poderá ter na arqueologia egípcia.
Fonte:
O que equipe do Museu Nacional descobriu em missão arqueológica no Egito https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/o-que-equipe-do-museu-nacional-descobriu-em-missao-arqueologica-no-egito/