Por Márcia Jamille Costa | @MJamille
Um texto religioso escrito em copta foi recentemente traduzido e descreve detalhes da crucificação de Jesus. O documento possui cerca de 1200 anos e foi elaborado em nome de São Cirilo de Jerusalém, um santo do século IV.
O artefato estava originalmente em um monastério egípcio e permaneceu desaparecido até reaparecer em 1910 e conseguinte comprado[1] pelo nova-iorquino JP Morgan. De acordo com o historiador Roelof van den Broe, da Utrecht University e responsável pela tradução, nesta versão do mito é narrado que Judas teria usado especificamente um beijo para identificar Jesus entre os demais porque ele tinha a capacidade de mudar a sua forma e que Jesus jantou com Pôncio Pilatos antes da crucificação.
Este texto foi incluído nas chamadas histórias apócrifas e está em exibição no Morgan Library & Museum, na cidade de New York.
Cristianismo no Egito:
Após a morte de Cleópatra VII em 30 antes da Era Cristã, Roma tomou o controle do Egito, mas o país continuou exercendo sua religião nativa, salvo algumas adaptações como a manutenção de deuses estrangeiros no panteão.
O Egito permaneceu tolerante a recepção de outras religiões, tal qual o judaísmo e o cristianismo, este ultimo tornou-se em 380 depois da Era Cristã a religião oficial do Império Romano por ordem de Teodósio I.
Para saber mais sobre a tradução:
Owen Jarus escreveu um artigo mais completo acerca do manuscrito, quem tiver interesse este é o link (em inglês):
1,200-year-old Egyptian text describes a shape-shifting Jesus: http://science.nbcnews.com/_news/2013/03/12/17286044-1200-year-old-egyptian-text-describes-a-shape-shifting-jesus
Pelo Terra:
Texto antigo fala que Pilatos ofereceu sacrificar filho no lugar de Jesus: http://noticias.terra.com.br/ciencia/,db723c3b4437d310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html
Fonte da notícia:
Egyptian Text Describes Jesus Changing His Shape. Disponível em < http://archaeology.org/news/660-130313-coptic-text-describes-jesus-shapeshifter >. Acesso em 14 de Março de 2013.
[1] Atualmente alguns países são contra o comércio de artefatos arqueológicos, uma determinação que o site Arqueologia Egípcia apoia.