Por Márcia Jamille Costa | @MJamille | Instagram
Em março comentei aqui no A.E. que o Brasil, pela primeira vez em toda a história da Egiptologia, assinou uma pesquisa de arqueologia no Egito. A equipe, denominada de Brazilian Archaeological Program in Egypt (Programa Arqueológico Brasileiro no Egito), deu início aos trabalhos do Amenemhet Project, que está responsável por duas tumbas tebanas que pertenceram a nobres da época dos faraós: a TT 123 e a TT 368.
Foto: BAPE.
Dr. José Roberto Pellini, diretor do programa. Foto: BAPE.
Dr. Julián Alejo Sánchez, vicediretor. Foto: BAPE.
O “TT” faz referência ao termo “Theban Tomb” (Tumba Tebana). Tebas — chamada pelos antigos egípcios de Aset — foi capital do Egito durante o Novo Império, época em que ambas as sepulturas foram construídas.
É conhecido o nome dos donos da TT 123 e da TT 368: um era Amenemhet e o outro Amenhotep Huy, respectivamente.
Foto: BAPE.
Foto: BAPE.
Essas sepulturas, até então, só foram catalogadas, mas jamais analisadas. Dentre os itens encontrados estão partes de múmias, pedaços de sarcófagos e cartonagem, fragmentos de vasos canópicos e ushabtis.
Foto: BAPE.
Mas, as novidades não param por aí: quando estavam realizando os trabalhos de limpeza, escavação e catalogação do que foi encontrado, os membros do projeto deram de cara com a descoberta de mais uma sepultura, que está interligada com a TT 123: a — 294 —.
Entrada para a — 294 —. Foto: BAPE.
Aproveitando o fim dos trabalhos e o retorno para o Brasil, fiz uma entrevista com o diretor da equipe, o Dr. Prof. José Roberto Pellini (UFS). O resultado desse encontro sairá no canal do A.E. no YouTube, então aguardem.
Update: 20 de abril (2017)
A notícia em grandes portais:
☥ Arqueólogo da UFS comanda primeira missão do Brasil no Egito
☥ Cientistas brasileiros vão ao Egito comandar missão arqueológica