Por Márcia Jamille Costa | @MJamille | Instagram
Entre meados do século 19ª e início do 20ª os antigos ricos europeus se deleitavam com a possibilidade de conhecer a terra dos faraós e, quem sabe, levar algum artefato como lembrança para casa (algo definitivamente proibido hoje em dia). Entretanto, se visitar a um artefato famoso antes era um privilégio dos endinheirados, atualmente a acessibilidade tem sido o foco de museus em uma tentativa de mostrar um pouco das sociedades passadas para o maior número de pessoas possível. Desta forma, tem se investido muito em acervos digitais através de fotos e vídeos para que curiosos ou acadêmicos de regiões remotas possam ver detalhes de algumas peças. Outro recurso são as imagens em 3D, que estão cada vez mais populares e que por vezes possibilitam que detalhes do objeto possam ser observados. É o que o Museu Britânico tem feito.
Todos os anos milhares de turistas visitam a Pedra de Rosetta no Museu Britânico.
O turismo (incluindo aqui a visita a museus e a sítios arqueológicos) representa atualmente uma parte significativa da economia em muitos países. Porém, não são todos que possuem o privilégio de pagar por passagens e diárias em hotéis, por exemplo, mas, não é por isso que estes não podem apreciar as construções do passado.
Com um perfil no site Sketchfab o museu tem disponibilizado mais de 200 imagens em 3D que mostram artefatos de diferentes culturas, dentre elas a egípcia antiga. É possível interagir com o objeto fazendo uso de um smartphone ou computador; girá-lo, se aproximar e ver detalhes.
Claro que isto não tira a emoção de ver uma peça pessoalmente, mas já é um passo. Tiremos como exemplo a Pedra da Rosetta, a chave para a decifração dos hieróglifos egípcios: para quem não mora na Inglaterra, onde ela encontra-se na atualidade, não é possível visitá-la. Mas, com essa ferramenta o interessado pode vê-la de todos os lados e caso tenha alguma compreensão conhecimento de hieróglifos egípcios, demótico ou grego, poderá testar seus conhecimentos.