Por Márcia Jamille Costa | @MJamille
Era reconhecido que a gravidez estava associada ao coito, porém não somente através dos órgãos sexuais, mas também pela boca, ou seja, a crença ditava que a felação era capaz de gerar uma criança, deste modo, podemos inferir que as relações não genitais poderiam ter sido restritas por alguns casais para evitar o risco de uma fecundação.
Saindo do campo da especulação, atualmente conhecemos alguns contraceptivos egípcios através de papiros médicos, tal qual o Papiro Médico de Kahun, um dos mais antigos documentos de ginecologia conhecidos do mundo (DAVID, 1999). Os “desvios de gravidez”, o chamado por nós de “aborto”, quando desejado, era realizado escolhendo umas das receitas disponíveis como o azeite quente, mel com uma pitada de natrão, leite azedo ou goma de acácia (goma-arábica), que eram introduzidos individualmente na vagina (HASAN et al, 2011).
Referências:
DAVID. A. R. “Town Lahun”. In: BARD, Kathryn. Encyclopedia of the Archaeology of Ancient Egypt. London: Routledge, 1999.
HASAN, Izharul; ZULKIFLE, Mohd; ANSARI, A.H; SHERWANI, A.M.K., SHAKI, Mohd. History of Ancient Egyptian Obstetrics & Gynecology: A Review. Journal of Microbiology and Biotechnology Research. 2011, 1 (1): 35-39
STROUHAL, Eugen. A vida no Antigo Egito (Tradução de Iara Freiberg, Francisco Manhães, Marcelo Neves). Barcelona: Folio, 2007.