Revelando os segredos de Tutankhamon através das lentes de Harry Burton

A descoberta da tumba do faraó Tutankhamon foi um dos maiores acontecimentos da arqueologia no século 20 e até hoje fascina várias pessoas ao redor do mundo. E o que muita gente não sabe é que é possível revisitar a descoberta através das lentes do fotógrafo Harry Burton, que documentou cuidadosamente vários passos da equipe de arqueologia enquanto catalogavam e retiravam os objetos da tumba. E foi para falar sobre esta história que no último dia 26 de agosto realizei uma minipalestra online para comentar algumas dessas fotografias.

Mas antes é necessário apresentar a estrela desse assunto, o próprio rei Tutankhamon. Ele foi um faraó da 18ª dinastia do Egito, reinando durante um dos períodos mais intensos da história egípcia, entre 1332 a.C. e 1323 a.C. Apesar de seu reinado relativamente curto, ele desempenhou um papel importante ao restaurar práticas religiosas e culturais que haviam sido abandonadas por seu predecessor, Akhenaton. Aos olhos do mundo, no entanto, ele se tornou verdadeiramente famoso após sua tumba ter sido encontrada no Vale dos Reis. Foi o arqueólogo britânico Howard Carter quem, em 1922, finalmente abriu a tumba que permanecera intocada por mais de 3.000 anos. E com a ajuda dos mais renomados profissionais da época, Carter cuidadosamente estudou a tumba, analisando os artefatos que nos forneceram uma visão inigualável da vida no Antigo Egito.

Nesse momento crucial da história arqueológica, foi um homem chamado Harry Burton quem desempenhou um papel fundamental. Como fotógrafo oficial da expedição de Howard Carter, Burton foi encarregado de documentar cada descoberta, cada peça de arte e cada detalhe da tumba de Tutankhamon. Suas fotografias são uma janela para o passado, permitindo-nos testemunhar o momento exato em que essas maravilhas da antiguidade foram redescobertas.

Para uma imersão mais profunda nas curiosidades por trás das fotografias históricas da descoberta da tumba de Tutankhamon, convido você a assistir à minha minipalestra gratuita no meu canal secundário. Lá, explorei detalhes fascinantes sobre as fotografias de Harry Burton e a jornada de Howard Carter. Se você apreciar o conteúdo e desejar apoiar financeiramente, você pode contribuir pelo meu LivePix, o que me ajudará a continuar trazendo mais conteúdos arqueológicos emocionantes para vocês:

O Primeiro Degrau:

A tumba foi descoberta em 4 de novembro de 1922, marcando o registro do item 433, que era, de fato, o primeiro degrau que levava à sepultura.

O Portão da Tumba:

Em 25 de novembro de 1922, o arqueólogo Arthur Callender instalou um portão na entrada da tumba com a esperança de fornecer proteção adicional a ela.

Antigas Camas Rituais:

Estas camas rituais provavelmente serviram como o leito em que a múmia de Tutankhamon repousou em algum momento. Exemplos de camas rituais só haviam sido encontrados até então nas paredes de tumbas, como no caso da tumba de Seti II, do Novo Império, pertencente à 19ª Dinastia.

Imagem da primeira câmara da KV-62. Foto: Harry Burton.Disponível em < http://www.griffith.ox.ac.uk/gri/carter/gallery/p0686als.html >. Acesso em 20 de Novembro de 2011.

Uma Variedade de Artefatos:

Na tumba, uma diversidade de artefatos foi descoberta, abrangendo desde itens de uso ritual até utensílios domésticos. Entre eles, havia também artefatos bélicos, como quatro bigas (carruagens) desmontadas.

Um faraó com uma coleção de sandálias:

Quase cem pares de calçados foram encontrados na tumba. As sandálias egípcias eram frequentemente confeccionadas a partir de folhas de papiro, couro e, no caso de Tutankhamon, até mesmo de ouro.

Através das lentes de Harry Burton, podemos testemunhar um momento que mudou muito da nossa compreensão do passado egípcio. Suas fotografias nos permitem viajar no tempo e explorar o esplendor do Antigo Egito como nunca antes.

Dica de leitura:

Tutankhamun′s Tomb – The Thrill of Discovery” de Susan Allen e James Allen.
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