Arqueologia Egípcia

Menu

Pular para o conteúdo
  • Início
  • Notícias
    • Descobertas Arqueológicas
    • Pesquisas Brasileiras
    • Pesquisas em múmias
    • Descobertas de Tumbas
    • Reconstituições Faciais
    • Exames de DNA
    • Descobertas Curiosas
    • Pré-Dinástico
    • Tutankhamon
    • Cleópatra
    • Eventos
    • Entrevistas
    • Documentários
    • Revistas
    • Podcasts
  • Onde Estudar?
    • Cursos de Arqueologia no Brasil
    • Quem são? – Egiptólogas e Egiptólogos
  • Vídeos
  • Imagens
  • Sobre Nós
  • Contato
  • A Egiptologia
  • Museus no Brasil
  • Textos
  • Indicações e Resenhas
  • Filmes
  • Livros
  • Séries e Webséries
  • Artigos e Teses
  • Reviews de Documentário

Nicholas Reeves (Egiptólogo)

Akhenaton e o sofrimento em sua cidade: a matéria da National Geographic de maio (2017)

8 de maio de 20178 de maio de 2017Márcia Jamille

Por Márcia Jamille Costa | @MJamille | Instagram

“O perigo de ser um governante absoluto é que ninguém ousa lhe dizer que o que acaba de decretar não é uma boa ideia”. Estas são as palavras de Barry Kemp, diretor do Amarna Project — uma missão de arqueologia que escavou os sítios arqueológicos de Amarna por mais de três décadas — acerca de Akhenaton, faraó que governou o Egito no final do Novo Império, durante o chamado de Período Amarniano.

Amarna atualmente trata-se de uma cidadezinha, mas na época dos faraós lá floresceu uma capital que existiu por menos de vinte anos: Aketaton.

Akhenaton. Foto: Rena Effendi.

Fundada por Akhenaton, Aketaton foi a primeira cidade planejada do Egito e estima-se que no seu auge abrigou cerca de 30 mil pessoas. O faraó a criou para que além de nova capital do país ela se tornasse um local de paz e harmonia e era isso o que ele descrevia em seus textos. Contudo, a realidade apresentada pela arqueologia feita na região mostrou um quadro bastante diferente: enquanto a elite vivia em pleno luxo, a população comum sofria com os trabalhos pesados e a má alimentação. É isto o que o texto “Akhenaton: o primeiro revolucionário do Egito”, publicado pela revista National Geographic de maio (2017) nos traz.

O repórter Peter Hessler faz um resumo das análises de bioarqueologia realizadas com os corpos de pessoas comuns que foram sepultadas em dois dos quatro cemitérios da cidade e os dados mostram um quadro alarmante: o estudo do maior cemitério constatou que 70% dos indivíduos inumados lá morreram antes dos 35 anos e mais de um terço não alcançou nem os 15 anos. No segundo, que possuía 135 indivíduos, 92% das pessoas não tinham mais de 25 anos e a maioria possuía entre 7 e 15 anos na época em que faleceram.

Talatats. Foto: Rena Effendi.

A média de vida no Egito Antigo era curta[1], mas tantas pessoas falecendo tão jovens é preocupante, principalmente por conta das marcas de excesso de trabalho e de anemia severa (ROSE, 2006).

Akhenaton é uma figura única na história do Egito e como tal inspira várias pessoas da atualidade. Não é novidade alguma que governos ou grupos sociais utilizem artefatos ou figuras históricas como discurso (FUNARI, 2006) e Akhenaton não poderia fugir a essa regra. Esse é outro ponto abordado na matéria e com muito mais ênfase. Aqui ele é definido como o primeiro revolucionário, embora não exista um acordo entre arqueólogos de que ele de fato tenha sido um. Também temos uma brevíssima citação do uso da imagem dele por diferentes movimentos sociais e ideológicos. Cada um com a sua visão do passado, com suas próprias conclusões e igualmente ignorando os trabalhos de arqueologia.

Akhenaton. Foto: Rena Effendi.

Gravei um vídeo para o canal do Arqueologia Egípcia comentando outros pontos dessa matéria, além de esclarecer alguns comentários feitos acerca de Tutankhamon. Segue abaixo:

Já se foi a época em que a National Geographic era uma revista que valia pouco menos de R$ 8,00. Hoje ela custa R$ 20,00. Um reflexo da nossa economia e a falta de interesse do público pela leitura e obras impressas. Abaixo fotos da publicação:

Fotografias complementares:

Crânio encontrado em Amarna. Foto: Rena Effendi.

Barry Kemp. Foto: Rena Effendi.

Reconstituição do sítio arqueológico de Amarna. Foto: Rena Effendi.

Referências bibliográficas:

[1] Health Hazards and Cures in Ancient Egypt. Disponível em <http://www.bbc.co.uk/history/ancient/egyptians/health_01.shtml>. Acesso em 15 de Setembro de 2012.

FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Editora Contexto, 2006.

ROSE, Jerome C. Paleopathology of the commoners at Tell Amarna, Egypt, Akhenaten’s capital city. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (Suppl. II), 2006.


Todas as fotos presentes neste post são de autoria de Fotos: Rena Effendi. As complementares não estão disponíveis na revista.

☥ PROCURE NO SITE:

Márcia Jamille é arqueóloga especialista em antigo Egito. Administradora do site Arqueologia Egípcia, em 2014 lançou o livro "Uma viagem pelo Nilo".
Clique aqui e saiba mais.

Caixa Postal 1702
CEP 49046970
Aracaju – SE

Receba as atualizações em sua caixa de e-mail!

Quer receber as atualizações em seu e-mail? Cadastre-se aqui:

Esta é uma ferramenta FeedBurner

Vídeos

Busca direta:

Untitled Document ☥ Egiptologia
☥ Biografia de Faraós
☥ Sexualidade
☥ Vida em família
☥ Múmias e a mumificação
☥ Pirâmides
☥ A Bíblia e o Egito
☥ Sugestão de Livros
☥ FAQ

Digs

  • Amarna Project
  • Brooklyn Museum (2010)
  • Dayr al-Barsha Project
  • Digital Karnak
  • EES Delta Survey
  • EES Minufiyeh Survey
  • Hierakonpolis Online
  • iMalqata
  • KV-63
  • La missió d'Oxirrinc
  • Proyecto Djehuty
  • Proyecto Qubbet el-Hawa
  • Proyecto Sen-en-Mut
  • South Asasif Conservation Project
  • Tell Edfu Project
  • The Karnak Hypostyle Hall Project
  • The Tomb of Harwa
  • The Tomb of Harwa
  • Theban Mapping Project
  • TT 209
  • University of Basel Kings' Valley Project
  • Wine of Ancient Egypt

O ASSUNTO MAIS ABORDADO AQUI:

Akhenaton amarna Antigo Egito Antiguidade Egípcia Arqueologia Arqueologia Egípcia Arqueologia na Ficção artefatos arqueológicos Cleópatra Cleópatra VII descoberta arqueológica descoberta de tumba egípcia deuses Documentário Editora Salvat Egiptologia egiptomania Egito Egito Antigo Egito Antigo na ficção Egito na ficção evento evento de arqueologia evento de História exposição faraó Faraó Tutankhamon grande pirâmide História Antiga história do Egito Antigo mitologia museu Márcia Jamille múmia múmias nefertiti Patrimônio arqueológico em risco Ramses II Revista Revista Mistério dos Deuses Egípcios Revista Mistério dos Deuses Egípcios da Salvat Sítios arqueológicos em perigo Tutancâmon Tutankhamon Zahi Hawass

Institutos

  • Centre d'Études Alexandrines
  • Centre Franco-Égyptien d'Étude des Temples de Karnak
  • Institut français d’archéologie orientale

Jogos interativos

  • Mummy Maker

Laboratórios e grupos de Egiptologia (Ligados à Arqueologia ou História) no Brasil

  • Egito-Lab
  • Grupo de Estudos Kemet
  • Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional
  • Projeto Egiptomania no Brasil

Para os Arqueólogos

  • SAB
  • SCA
  • Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos

Links Parceiros

  • AEgipcia
  • Arqueologia Americana
  • Arqueologia Bíblica
  • Arqueologia Digital
  • Arqueologia e Pré-historia
  • Arqueologia Piauí – Brasil
  • Márcia Jamille
  • Núcleo de Arqueologia – UFS
  • Parceiro com a vagas de emprego: Jooble
  • Piratas dos Sete Mares
  • UMLANDO South Africa

Passeio 3D

  • Amarna 3D
  • Amarna Virtual Museum
  • Karnak 3D

Institutos

  • Centre d'Études Alexandrines
  • Centre Franco-Égyptien d'Étude des Temples de Karnak
  • Institut français d’archéologie orientale
  • Home
  • Museus
  • Contato
Orgulhosamente mantido com WordPress | Tema: Motif por WordPress.com.