Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram
A ideia da antiguidade egípcia como uma época mística e cheia de mistérios levou muitos europeus a adotarem costumes que hoje para nós são incomuns. Dentre eles está o uso do afamado “Pó de Múmia”, que se tratava de pedaços de pele ou músculo de cadáveres humanos mumificados que eram triturados e vendidos por boticários como produtos curativos.
É possível que a crença na eficácia medicinal do “Pó de Múmia” tenha tido relação com o valor curativo que era dado ao betume durante a antiguidade, já que embora ele tenha sido empregado na mumificação egípcia somente nos períodos finais do faraônico foi devido a forma como ele era chamado pelos persas (múmiya) e árabes (mûm) e a sua cor semelhante a da resina quente usada na preservação de corpos egípcios que o temo múmia foi popularizado. Com isto não é difícil presumir que alguma associação foi estabelecida.
Abaixo alguns exemplos de recipientes onde usualmente era guardado este produto:
![Pote cilíndrico para armazenar "Pó de Múmia", datado em cerca de 1600 até 1800. Science Museum/Science & Society Picture Library. Imagem disponível em . Acesso em 03 de janeiro de 2014.](http://arqueologiaegipcia.com.br/wp-content/uploads/pote-para-o-po-de-mumia-arqueologia-egipcia.jpg)
![Pote para armazenar "Pó de Múmia” pertencente à coleção do Museu Hamburg, Alemanha. Imagem disponível em . Acesso em 03 de janeiro de 2014.](http://arqueologiaegipcia.com.br/wp-content/uploads/pote-para-po-de-mumia-arqueologia-egipcia.jpg)
![Pote para armazenar "Pó de Múmia”, datado do século 18, pertencente à coleção do Deutschen Apothekenmuseum Heidelberg, Alemanha. Imagem disponível em . Acesso em 03 de janeiro de 2014.](http://arqueologiaegipcia.com.br/wp-content/uploads/pote-para-po-de-mumia-arqueologia-egipcia-boticario.jpg)
O “Pó de Múmia” poderia ser consumido de duas formas: através do seu consumo oral (misturados aos alimentos) ou passado sobre a pele.
Para saber mais:
A Pigment from the Depths. Disponível em < http://magazine.harvardartmuseums.org/article/2013/10/31/pigment-depths-0 >. Acesso em 03 de janeiro de 2014.