Quem é o novo presidente da SAB?

 Por Márcia Jamille Costa | @MJamille

 

O novo presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) é um dos professores do Núcleo de Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe e uma das pessoas engajadas no debate sobre a proteção do patrimônio arqueológico subaquático.

 

Gilson Rambelli é autor do livro "Arqueologia até debaixo d'água" (Editora Maranta).

Durante a semana em que ocorreu a XVI SAB, o Prof. Dr Gilson Rambelli foi eleito Presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira e ficará no cargo por dois anos onde será substituído no próximo congresso geral que ocorrerá em 2013, no estado de Sergipe.

Rambelli é Doutor em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), Mestre em Arqueologia também pelo MAE-USP e Bacharel em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Se especializou em Arqueologia Subaquática pelo Department de Recherches Archéologiques Subaquatique et Sous-Marines (DRASSM) e é instrutor de Arqueologia Subaquática da Nautical Archaeology Society (NAS). Atualmente coordena o Laboratório de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal de Sergipe (LAA-UFS) e é vice-diretor do Campus de Laranjeiras também na mesma Universidade.

A notícia da sua nomeação traz grande alívio para os defensores do patrimônio arqueológico subaquático brasileiro, que tem sido constantemente relegado a segundo plano tanto por autoridades governamentais como também por alguns núcleos de arqueólogos. Como presidente a esperança é de ver os debates legais sobre as pesquisas de Arqueologia Subaquática mais presentes nos congressos de Arqueologia onde espera-se trazer mais profissionais para a disciplina e demonstrar de uma vez por todas que Arqueologia Subaquática deve ser realizada por arqueólogos mergulhadores  com treinamento especifico na área.

 

 Confira abaixo a máteria do portal da UFS sobre a nomeação:

 

 

Professor é eleito presidente da Sociedade de Arqueologia

O arqueólogo e professor da UFS Gilson Rambelli foi eleito presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira

14/09/2011

 

Realizada durante o XVI Congresso da entidade, no Campus da Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis-SC, de 4 a 10 de setembro, a Assembléia Geral da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) elegeu como presidente para os dois próximos anos Gilson Rambelli, professor do curso de Arqueologia (Bacharelado) e do Mestrado em Arqueologia, ambos situados no Campus de Laranjeiras da UFS, e coordenador do Laboratório de Arqueologia de Ambientes Aquáticos da UFS.

Leia também: MEC concede nota 5 a curso de Arqueologia da UFS

Conhecido nacional e internacionalmente pela luta para a preservação do patrimônio cultural submerso, pelo reconhecimento da Arqueologia Subaquática no Brasil e pela mudança da lei que se refere aos sítios arqueológicos submersos, Rambelli garantiu que também vai se empenhar para a regulamentação da profissão de arqueólogo no Brasil.

“Já há uma legislação tramitando no congresso, agora vamos acompanhá-la de perto e fazer o possível para que seja aprovada o quanto antes. Sobre a Arqueologia Subaquática, o projeto de lei que tramita no congresso desde 2006 representa uma mudança no tratamento que o patrimônio cultural subaquático vinha tendo no Brasil, como ‘coisa ou bem submerso'”, afirma.

O arqueólogo acrescenta que, “ao definir esse patrimônio arqueológico como todos os vestígios da existência humana que se encontram submersos, ou na interface, a legislação iguala-o ao patrimônio arqueológico que está em superfície, passando ao Ministério da Cultura a tarefa de gestão. Esperamos que até o fim dessa gestão essa lei seja finalmente aprovada”.

 

Destaque para Sergipe

A Arqueologia Sergipana será também destaque durante o mandato do professor que, ao final, realizará o congresso bienal da Sociedade de Arqueologia Brasileira em Sergipe.

“Em 2013 vamos trazer o encontro da SAB para Sergipe. Mais do que isso, vamos realizar um grande congresso cujo destaque será a Arqueologia Subaquática, com a realização, dentro do próprio encontro, de um grande Simpósio Internacional, onde estarão presentes os maiores especialistas em Arqueologia Subaquática do mundo”, planeja Rambelli.

 

Ascom com informações do LAAA/UFS

comunica@ufs.br

qui, 22/09/2011 – 10:34

 

Matéria retirada de <http://novo.ufs.br/conteudo/professor-eleito-presidente-sociedade-arqueologia-2930.html>. Acesso em 04 de outubro de 2011.

 

E a matéria que saiu no portal do CEANS:

 

PESQUISADOR DO CEANS É ELEITO VICE-PRESIDENTE DE SOCIEDADE DE ARQUEOLOGIA

Por Glória Tega (CEANS)

 

Gilson Rambelli, ao lado de Denise Schaan, toma posse da vice-presidência da Sociedade de Arqueologia Brasileira

O arqueólogo Gilson Rambelli, do Centro de Estudos de Arqueologia Náutica e Subaquática da Universidade Estadual de Campinas – CEANS/UNICAMP, foi eleito vice presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB. A Assembléia Geral Ordinária da sociedade, realizada em 04 de outubro, encerrou o XIV Congresso da Sociedade, que ocorria desde 30 de setembro na cidade de Florianópolis.

A nova gestão, que tem como presidente Denise Schaan, professora da Universidade Federal do Pará, ficará na direção da SAB até 2009. “Acho que a intenção é buscar a regulamentação da profissão de arqueólogo. Além disso, pretendemos continuar promovendo a defesa do patrimônio arqueológico subaquático brasileiro em diferentes seguimentos de nossa sociedade”, conta Rambelli.

Essas atividades que buscam valorização do patrimônio submerso realizadas pelo Ceans foram reconhecidas com um “voto de louvor da SAB”, ganho por unanimidade na mesma Assembléia. “Foi o reconhecimento de um trabalho intenso, que já vem sendo feito há anos. Acredito que tal premiação da SAB ocorreu, pois os resultados dessas ações têm como ápice o Projeto de Lei Federal 7566/ 06, já aprovado por unanimidade na Comissão de Educação e Cultura e aguardando votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do Congresso Nacional”, explica. De acordo com o professor, essa proposição representa uma mudança no tratamento que o patrimônio cultural subaquático vinha tendo no Brasil, como “coisa ou bem submerso”. Ao definir esse patrimônio arqueológico como todos os vestígios da existência humana que se encontram submersos, iguala-o ao patrimônio arqueológico que está em superfície. Dessa maneira, o projeto de Lei propõe a extinção da atual Lei Federal n° 10.166, de dezembro de 2000, que permite a comercialização desses vestígios arqueológicos submersos, estabelecendo valor de mercado a eles e recompensas aos exploradores.

 

O Simpósio de Arqueologia Subaquática

 

Na ocasião do Congresso da SAB, o CEANS também organizou Simpósio de Arqueologia Subaquática, que contou com a apresentação de diversos trabalhos, realizados em vários pontos do Brasil, que puderam legitimar a Arqueologia Subaquática no Brasil, desmistificando-a da idéia de uma disciplina aventureira.
No Simpósio, foram expostos trabalhos que estudam o patrimônio cultural subaquático em diferentes formas, como naufrágios, paisagens marítimas, gravuras rupestres submersas, vestígios arqueológicos submersos no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (localizado no meio do oceano atlântico, a 1100 km de Natal) e até a ocupação ao longo dos anos de uma ilha do litoral sul de São Paulo. “Contamos com a presença de pesquisadores que atuam em diferentes linhas de pesquisas arqueológicas, como Pré-História, História, Pública, Teoria e Método, comprometidos com as normas da ‘Convenção da UNESCO para Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático’, que é instrumento jurídico internacional elaborado para assegurar a proteção de tal patrimônio. Todos esses trabalhos, consolidaram, perante a SAB, a Arqueologia Subaquática, por isso foi muito importante”, conclui Rambelli.

 

Confira o que foi apresentado no Simpósio de Arqueologia Subaquática:

 

Simpósio de Arqueologia Subaquática I:

COORDENADOR: GILSON RAMBELLI
DEBATEDOR: FLÁVIO RIZZI CALIPPO

PARTICIPANTES E TÍTULOS DAS APRESENTAÇÕES:

1) Gilson Rambelli – “Arqueologia de um navio negreiro: um estudo de caso em Angra dos Reis (RJ)”;
2) Flávio Calippo – “Arqueologia do Arquipélago de São Pedro e São Paulo”;
3) Carlos Rios – “Identificação arqueológica de um naufrágio na área do lamarão externo do porto do Recife, PE, Brasil”;
4) Rodrigo Torres – “Arqueologia náutica na cidade do Rio Grande/RS: Proposta e resultados parciais do projeto sítio arqueológico escola”.

Simpósio de Arqueologia Subaquática II


COORDENADOR: GILSON RAMBELLI
DEBATEDOR: PAULO FERNANDO BAVA DE CAMARGO

PARTICIPANTES E TÍTULOS DAS APRESENTAÇÕES:

Edithe Pereira – “Arqueologia subaquática na Amazônia – a documentação das gravuras rupestres do sítio Mussurá, rio Trombetas (PA)”
Paulo Fernando Bava de Camargo – “Arqueologia de uma cidade portuária: Cananéia, séculos XIX-XX”
Leandro Duran – “Arqueologia marítima da Ilha do Bom Abrigo”
Ricardo Guimarães – “Prospecções arqueológicas realizadas na enseada da praia do Farol da ilha do Bom Abrigo”.

 

Matéria retirada de < http://www.arqueologiasubaquatica.org.br/news/mat_pesq_eleito.htm >. Acesso em 04 de outubro de 2011.

 

 

Para saber mais sobre a SAB: http://www.sabnet.com.br/

 

Mais sobre a proteção do patrimônio subaquático:  

 

CEANS: http://www.arqueologiasubaquatica.org.br/

Convenção da UNESCO em prol do patrimônio subaquático: http://www.unesco.org/pt/underwater-cultural-heritage/

O Livro Amarelo (download): http://www.arqueologiasubaquatica.org.br/downloads/downl/Livro_Amarelo_CEANS.pdf