Desvendando os mistérios das Pirâmides do Egito: Uma história de engenharia e arquitetura monumental

As pirâmides do Egito, imponentes estruturas arqueológicas, têm sido fonte de fascínio há milênios. Desde os tempos antigos, essas construções gigantescas têm intrigado a humanidade, levando exploradores e arqueólogos em uma busca incansável para decifrar seus segredos. Mesmo após séculos, elas continuam a surpreender a arqueologia, revelando informações preciosas sobre sua impressionante arquitetura milenar.

Pirâmides do platô de Gizé

A curiosidade sobre esses monumentos desencadeou uma busca incessante por desvendar seus segredos ocultos. Especialmente em relação a Grande Pirâmide, que permanece como uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo ainda de pé, mesmo após mais de 4.500 anos.

Grande Pirâmide

Com mais de 140 metros de altura e uma base de quase 230 metros quadrados ela é a maior entre dezenas de pirâmides espalhadas pelo Egito, que foram erguidas ao longo de várias dinastias, cada uma com sua própria história, tamanho e formato.

A história da arquitetura das pirâmides começa com Imhotep, o arquiteto responsável pela criação da primeira pirâmide do Egito: a pirâmide do rei Djoser. Antes dessa, os reis eram sepultados em pequenas galerias subterrâneas, cobertas por um monumento retangular chamado de “mastaba”.

As mastabas eram feitas de tijolos de barro, um material de construção aceitável, porém não durável o suficiente para a eternidade. Imhotep optou por utilizar tijolos de pedra, mais resistentes, para a construção da mastaba do rei. Esta mastaba, localizada sobre um poço vertical que desce 28 metros no subsolo, levava a uma série de câmaras funerárias existentes até hoje.

Durante a construção, decidiu-se sobrepor mais mastabas, transformando o túmulo na imagem de pirâmide que vemos hoje. Embora o motivo exato permaneça desconhecido, especula-se que tal decisão possuía uma justificativa religiosa, representando o monte primordial da mitologia egípcia.

Pirâmide de Djoser

Imhotep inspirou outros reis e após a Pirâmide de Degraus, vieram outras pirâmides. No entanto, na 4ª dinastia, precisamos dar destaque para o rei Senefru que construiu não uma, mas três delas. A Pirâmide de Meidum, também conhecida como “Pirâmide Colapsada”, inicialmente possuía degraus, mas foi ampliada e transformada em uma estrutura com formato similar a uma pirâmide clássica.

Pirâmide de Meidum

Em seguida, Senefru ordenou a construção da “Pirâmide Romboidal”, tentativa pioneira de criar uma pirâmide com paredes lisas, embora seu topo tenha ficado meio cônico devido a um erro de cálculo.

Pirâmide Romboidal

E por fim, veio a “Pirâmide Vermelha”, que tem o formato clássico de paredes de rampa lisa.

Pirâmide Vermelha

A saga de tentativa e erro na construção dessas pirâmides representam uma era de experimentação na arquitetura egípcia. Foi graças a esse processo evolutivo que a mais famosa de todas, a Grande Pirâmide, finalmente se tornou realidade.

Se você tem curiosidade para explorar mais sobre a evolução das pirâmides do Egito, convido você a assistir a um vídeo completo onde revelo detalhes e curiosidades sobre essas magníficas estruturas! Assista aqui:

Fontes:

Mark Lehner , The Complete Pyramids , 1997
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SILIOTTI, A. Viajantes e exploradores: A descoberta do Antigo Egito. Barcelona: Folio, 2007.

WILDUNG, Dietrich. O Egipto: da pré-história aos romanos (Tradução de Maria Filomena Duarte). Lisboa: Taschen, 2009.

DODSON, Aidan. As Pirâmides do Antigo Império (Tradução de Francisco Manhães, Maria Julia Braga, Carlos Nougué). Barcelona: Folio, 2007.